A minha experiência - 4º ano


Hey!

Long time no see….

Tendo já eu recentemente acabado o 4º ano, venho hoje partilhar-vos a minha experiência deste meu primeiro ano clínico da faculdade.

Visão geral

Ora bem… sendo este o primeiro ano em que começámos a ter realmente mais contacto com os pacientes, as cadeiras que iniciámos, passaram todas a ter estágio, isto é, para além da componente teórica, passamos a ter também, todas as manhãs, estágio correspondente à disciplina. Durante estas manhãs de estágio tive a oportunidade de ir para as enfermarias e examinar os pacientes bem como seguir os professores assistentes nas suas consultas diárias com visita também, em certos casos, ao hospital de dia. Devido ao aparecimento de novas variantes do COVID e consequente aumento dos casos de infeção durante o primeiro semestre, muitas vezes (mais do que as desejadas) foram-nos apresentados casos clínicos para minimizarmos o risco de contágio entre os pacientes e os alunos. No entanto, a realidade do segundo semestre foi já mais diferente: as aulas teóricas passaram finalmente a 100% para presencias e, as práticas já presenciais, contaram com muitas mais visitas às enfermarias e muito mais possibilidade de um contacto mais próximo com o doente.

Disciplinas

No primeiro semestre do quarto ano tive:

- Cirurgia Geral

- Radiologia

- Urologia

- Cirurgia Plástica e Reconstrutiva

- Ortopedia

- Doenças Ocupacionais

- Curso opcionalà no meu caso, Emergências em Gastroenterologia

Agora no segundo semestre do quarto ano tive:

- Cardiologia

- Emergência Médica

- Metodologia de Investigação

-Cirurgia Pediátrica

-Endocrinologia

-Hematologia

-Puericultura

-Diabetologia e Nutrição

O que mais gostei

Sem dúvida, o que mais me cativou este ano, e também o que me manteve motivada, foi o facto de agora ver a teórica finalmente a ser colocada em prática. Todo o conhecimento adquirido nas aulas teóricas pôde ser colocado em prática nos estágios. Tive mais contacto com os pacientes, tive a oportunidade de aceder aos seus registos médicos e, através desse contacto, consegui aprender muito mais. Os estágios possibilitaram-me também melhorar a minha colheita da histórica clínica visto não ter tido essa oportunidade quando as aulas no ano passado estavam a ser virtuais.

O que menos gostei

Acredito que esta é uma realidade em muitas faculdades de medicina por todo o mundo, e a minha não é exceção: nós somos muitos alunos e, mesmo quando divididos em grupos, não podemos estar sempre todos de volta do doente que estamos a examinar. Assim sendo, e devido à realidade vivida principalmente até ao meu primeiro semestre do 4º ano, para evitar contágios e propagação do COVID e das suas variantes, muitas vezes tivemos casos clínicos para discutir e não doentes “reais”.

Turnos

Este ano, quando me desloquei aos serviços para realizar os turnos de 12h (que são parte do nosso currículo todos os anos), os médicos já esperaram de nós algum conhecimento sobre as diversas patologias apresentadas e, portanto, existiu sempre aquela pressão de conhecimento que até agora não existia.

Carga horária

Com o sistema de módulos, o estudo tornou-se mais cansativo. Quando acabam as aulas do módulo começam logo os exames e de seguida, muitas vezes sem férias, começamos novamente um novo módulo de 7 semanas. Reconheço que este método pode ser mais vantajoso em certos aspetos: podemos focar-nos em menos disciplinas de uma só vez e durante 7 semanas estamos exclusivamente focados em apenas 4 ou 5 disciplinas ao contrário das 8 ou 9 que tínhamos até este sistema ser implementado, porém, é muito mais difícil conciliar vida extrauniversidade com o facto de termos de estar sempre com a matéria em dia.

Considerações finais

Posso dizer que psicologicamente este ano letivo foi bastante difícil inicialmente por razões pessoais, tive de redescobrir a minha motivação e toda uma componente psicológica teve de ser tomada em consideração. A saúde mental teve de estar em primeiro lugar para conseguir continuar com o sucesso académico que sempre tive. Apesar de todas as dificuldades que tive no início do ano, estas não se refletiram academicamente uma vez ter investido muito no meu bem-estar psicológico para poder estar a 100% quando investia tempo nas aulas. Olhando para trás, acabo por reconhecer que relativamente à minha prestação académica, este foi o meu melhor ano dos 4 já passados e, espero continuar nesta curva ascendente e no próximo ano continuar a dar o meu melhor.

 

Até ao próximo post!

4/6

 

 

 

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