Partilhar a casa com estranhos

Hoje venho-vos falar da minha experiência relativamente a viver com flatmates.

Eu e a C a aproveitar os dias de Verão

 

 

Confesso que, no meu primeiro ano da faculdade, quando estava à procura de um lugar para viver, tinha em mente viver sozinha “Um apartamento pequeno com um quarto é o suficiente para mim”, pensava. A possibilidade de partilhar a casa/ apartamento com outra pessoa nunca me tinha passado pela cabeça. Pois bem, a opinião dos meus pais e amigos em Portugal não era a mesma… Achavam que eu devia ir viver com outros estudantes de modo a “criar novos contactos” sendo assim uma oportunidade de “conhecer novas pessoas mesmo antes das aulas começarem” …. Ora, eu não estava muito para aí virada…já não bastava mudar de país, cidade, ficar longe de família e amigos e ainda tinha de me adaptar a viver com estranhos?Nahhh

Depois de longas conversas e alguma pesquisa a minha família lá me conseguiu fazer mudar de opinião “certo, estou aberta a uma nova experiência mas, se não resultar, daqui a um ano mudo-me para uma casa/ apartamento sozinha”, disse.

E assim foi, lá encontrei um apartamento, em conta com, não uma mas três colegas de apartamento!

E aí começou uma aventura espetacular….

Nesse ano, encontrei as melhores colegas de apartamento que alguma vez podia pedir. Eu sei, também tive sorte, muita sorte, existem colegas minhas de curso que não tiveram a mesma sorte que eu, mas eu podia gabar-me porque eu tinha deixado de ter colegas de apartamento a viver comigo para ter amigas.

Comecemos então com as apresentações (para não expor aqui as suas identidades, irei apenas deixar aqui as suas iniciais):

- C, alemã e, na altura estava no 2º ano do curso. Simpatiquíssima e amiga do ambiente. Foi ela que considerei ser a minha “madrinha” visto que me deu todos os seus apontamentos e livros do 1º ano. É com ela que também faço os meus treinos no ginásio.

- M, italiana e, na altura estava no 4º ano do curso. Sempre pronta para explicar-me matéria e emprestar resumos.

- Mais tarde, veio a S, austríaca, que fez um” Gap Year” para descobrir o seu talento… a fotografia. Uma excelente fotógrafa (imagem em baixo) e também excelente amiga, foi ela que muitas vezes me fez sair da zona de conforto.

Juntas fizemos almoços, preparamos e celebramos aniversários, estudamos intensamente para sessões de exames e também nos divertimos muito.

Olhando agora para trás considero que teria cometido um grande erro se tivesse ido viver sozinha, especialmente no meu primeiro ano. Quase 3 anos depois, considero que partilhar o apartamento onde vivo com outras pessoas foi, sem dúvida, uma excelente opção. Já para não falar da experiência que é viver com estudantes de outras nacionalidades e, consequente, com outros costumes e opiniões.

 

foto tirada por S